Nightwish

Vou agora iniciar uma partilha de biografias de bandas, espero que gostem...

NIGHTWISH

Género: Power-metal sinfónico/operático

Origem: Finlândia

Editora: Spinefarm

Disponiblidade: www.piranhacd.com, www.fnac.pt

Discografia: Angels Fall First – 1997, Oceanborn – 1998, Wishmaster – 2000, Century Child – 2002, Once – 2004

Nightwish é a banda que começou tudo. Quando Angels Fall First foi lançado em 1997, estes Finlandeses baralharam por completo o que os fãs do metal podiam esperar. Com uma música onde podiam ser visíveis influências de Stratovarius, os Nightwish tinham na figura da sua vocalista Tarja Turunen uma figura como até então poucas pessoas tinham visto. De um talento vocal impressionante, ainda antes de começar a estudar na Ópera de Berlin, Tarja era uma daquelas cantoras capaz de aliar um timbre pessoal a uma formação clássica, resultando em vocalizações variadas, cheias de sentimento e intensas. Em palco, desde o início que Tarja assumiu uma pose de elegância e estilo, em contraste com a mais frequente imagem gótica de elegância esfarrapada, tornando-se uma presença imponente em qualquer palco mundial. Esta bela cantora mostrou o quão boa uma vocalista de uma banda de metal podia ser e tornou-se uma espécie de régua pela qual as outras cantoras se medem. Depois de Tarja Turunen, sobrou pouco espaço no metal para cantores medianos.

Em palco, desde logo, os Nightwish aprenderam a puxar pelo público, interagindo com ele, mostrando por vezes uma certa dose de exibicionismo que não fica mal, mas sem dúvida que a beleza de Tarja toma o lugar central, tanto mais que em palco ela mantém o seu timbre e toda a sua energia. Muito teatral, a excelente cantora empresa aos concertos uma forte dose de profissionalismo.

Musicalmente, a banda tem vindo a evoluir surpreendentemente, não sendo surpresa que as mudanças de álbum para álbum não agradem a todos. É esta mesma variedade que também contribui para o sucesso dos Nightwish, pois ao timbre lírico de Tarja e às letras tipicamente góticas junta-se uma secção musical tipicamente power-metal que consegue acompanhar com toda a força a intensidade da vocalista. Mas duas grandes mudanças alteraram o modo como a banda toca: primeiro foi a entrada de Marco Hietala com uma escola musical muito mais agressiva que Sami Vänskä e com uma muito mais dinâmica presença em palco. Com Marco Hietala chegaram as vocalizações masculinas mais agressivas para contrabalançar a beleza etérea de Tarja e a música ganhou uma nova força, embora tenha perdido alguma da pureza angelical de Angels Fall First. Mais recentemente, com “Once”, os Nightwish mostram todo o esplendor do seu talento ao incorporarem toda uma orquestra no seu trabalho a conseguirem fazê-lo sem o som parecer deslocado ou inútil. Todavia a música tornou-se mais agressiva, e a voz de Tarja Turunen parece ter perdido algum relevo, o que não agrada a todos os fãs de longa data. Esta excelente cantora tem cartas dadas não só nos Nightwish mas em outros projectos musicais como por exemplo o projecto Infinity de Beto Vazquez, além de ser uma cantora lírica respeitada.

Nightwish mudaram por completo as possibilidades musicais do metal, unindo a este género musical não o virtuosismo neoclássico dos instrumentos mas da própria voz da vocalista, dando ao mundo uma das mais inovadoras combinações musicais de tempos recentes. Sem eles e a inovação que trouxeram, o mundo do metal seria possivelmente muito diferente. Nightwish não podem ser catalogados exactamente em nenhum subgénero, pois os apontamentos góticos caminham lado a lado com o power-metal e o metal sinfónico. Acima de tudo Nightwish tocam Nightwish e não precisam de ninguém.

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